Supply Chain: definindo indicadores efetivos
Supply Chain nada mais é do que o controle eficaz de todas as etapas que compõem um ciclo de produção, desde a relação com os fornecedores até a venda e entrega ao cliente final. A gestão eficiente desses processos gera informações que podem ser aplicadas nas estratégias do negócio para aperfeiçoar processos, diminuir custos desnecessários e aumentar a margem de lucro. Mais importante do que mapear as etapas, é avaliar seus resultados e para isso, são necessários KPIs eficazes.
Você entraria em uma aeronave se soubesse que não tem nenhum painel de instrumento? O que pode ser monitorado, pode ser medido e tomado as devidas iniciativas para corrigir a rota de sua operação para atingimento de metas.
KPIs são indicadores chaves de desenvolvimento e é por eles que você define as informações que coleta de cada etapa. Por isso, é importante que sejam formatados estrategicamente para gerar dados reais e principalmente, úteis. Como você tem definido seus KPIs? Eles têm gerado informações estratégicas? É sobre isso que vamos falar aqui.
Especifique seus KPIs
Um erro muito comum na hora de trabalhar os KPIs é definir indicadores muito genéricos. Eles são facilmente alcançáveis, no entanto não geram informações muito estratégicas. Não deixam de ser importantes, mas todo processo precisa de KPIs mais específicos para conseguir gerar dados de alto valor. Para isso, todos os seus indicadores devem ter uma ficha técnica, pois isso garante que sempre será avaliado na mesma premissa, independente de quem for avaliar, evitando que gere informações incorretas e prejudique todo seu processo.
Ao criar essa ficha, defina nome, descrição, fórmula e tipo de métrica. Por exemplo, se você tem que avaliar estoque perdido, defina o indicador deixando claro qual é o fator avaliado: é estoque perdido por dano? É estoque perdido por prazo de validade? Danificado na movimentação? A informação geral sobre estoque perdido é importante, mas essa especificação garante que você identifique em que processo isso mais acontece.
E não se esqueça de que quanto mais específico for seu KPIs, mais fácil é de você estabelecer metas tangíveis para o aperfeiçoamento do processo.
Apure os dados
Ao criar a ficha dos indicadores, você vai definir os prazos nos quais eles devem ser coletados/avaliados. Pode parecer óbvio, mas seguir esse calendário é fundamental. Ao mudar as datas de coleta, você modifica o seu resultado e assim, produz informação mediana e até falsa. Na hora de pensar esses prazos, avalie o tempo dos ciclos, já considerando que se os indicadores mostrarem que algo deve ser corrigido, você poderá efetuar ajustes com mais rapidez. Por exemplo, não adianta você coletar dados de entrega a cada seis meses, se você faz entregas mensais. Você vai ficar no escuro por muito tempo e pode estar perdendo dinheiro sem saber.
No quesito apuração de dados, é importante que fique claro quem é o responsável por isso. Essa será a pessoa cobrada em gerar uma informação real e útil.
Indicadores
Para finalizar, separamos uma lista com 3 indicadores para você inserir no seu processo ou para reavaliar se eles estão gerando os dados que você precisa:
- Saving: comparação entre o que foi orçado e comprado pelo setor de compras. Mostra quanto a empresa conseguiu economizar e a efetividade do setor.
- Lead time: avalia o tempo entre um pedido e sua entrega, não focando no processo de entrega em si, mas na cadeia como um todo.
- Evolução de preço: compara elevações e quedas, identificando períodos que podem gerar maior ganho.
Junte esses indicadores com outros que são importantes para seu processo e lembre-se sempre de validar seus indicadores. Não esqueça de ajustar seus KPIs ao longo do tempo e até inserir novos indicadores. Importante também não criar muitos indicadores para não “engessar” sua operação, crie e monitore KPIs que façam sentido e os monitore.
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