Um estudo realizado em 2016 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apontou para uma diminuição no número engenheiros no Brasil, principalmente pela redução de ações governamentais na área, como investimentos em infraestrutura, planos de habitação e liberação de financiamentos. Segundo o estudo, haveria uma tendência de “pejotização” dos profissionais da engenharia, que prefeririam empreender a se arriscar em um mercado de trabalho instável. Essa tendência não se concretizou, como apontou o seminário do Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT) e do Programa de Pós-Graduação em Política Científica e Tecnológica (PPG-PCT) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizado em 2019.

De acordo com o seminário, a ideia de que há um “apagão de mão de obra” na engenharia não se sustenta, e o número de engenheiros formados no Brasil, em 2019, já superava em 2,5 vezes a demanda prevista para 2020. Em 2010, uma pesquisa da mesma Universidade apontava para o fato de o Brasil formar em torno de 80 mil a 107 mil engenheiros, considerando variações de cenários pessimistas e otimistas. A previsão no ano passado saltou para 148 mil engenheiros formados em 2020 – quase 2,5 vezes mais do que o mercado consegue absorver.

Esses dados mostram que a engenharia permanece como uma das profissões mais valorizadas e buscadas do país, em um mercado de trabalho competitivo e acirrado, o que gera transformações no perfil dos engenheiros que conseguem um espaço nele.

Tendências que moldam os profissionais 

Um mercado de trabalho de alta concorrência molda também os perfis dos profissionais que estão ingressando nele. Uma das principais mudanças é a busca por engenheiros qualificados para executar um trabalho tão importante para o país. Portanto, a escassez de engenheiros apontada pelo Ipea se deve à falta de pessoas qualificadas, fazendo com que o mercado busque por profissionais cada vez mais especializados. 

Empresas de todo o país e os profissionais da área já se atentaram a isso e buscam cada vez mais por experiência e capacitação. Os profissionais que estão entrando no mercado estão se especializando mais, e o investimento na formação e na experiência é algo que já pode ser observado.

Outra tendência da engenharia, como mostra o Ipea, é que menos da metade dos engenheiros formados (41%) exercem suas funções típicas. Ou seja, os profissionais são cada vez mais versáteis, abrindo um leque de inúmeras possibilidades de atuação.

Além das habilidades técnicas 

A necessidade de engenheiros que tenham um bom relacionamento no ambiente de trabalho também é outra previsão feita por institutos de pesquisas. As empresas que necessitam de engenheiros buscam profissionais que já tenham experiência em atuação e liderança de grupos. Há alguns anos, era comum organizações investirem em treinamentos para essa finalidade, mas por causa do alto número de profissionais no mercado, elas já buscam quem têm experiência em integração com equipes e habilidades de relacionamentos.

Áreas da engenharia que trabalham com eficiência e tecnologia são as mais aquecidas no momento. Portanto, esses profissionais serão os mais visados pelo mercado nos próximos anos. Profissionais que se formam com experiência e capacitação em áreas de automação e tecnologia são os que mais serão absorvidos.

Todas essas tendências e previsões mostram que os profissionais que entram no mercado de trabalho estão cada vez mais antenados e preparados para lidar com novas tecnologias e inovações. Por outro lado, essas características também são as mais procuradas pelas empresas que, em um cenário completamente tecnológico, estão sempre investindo em inovação e em sair na frente da concorrência. 

Para isso, é preciso ter na equipe profissionais capazes de entender como funciona esse mercado e de se adaptar às mudanças necessárias e nós, da EngSearch podemos te apoiar nesse processo! Entre em contato com nossos consultores especializados! 

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